As escolas cristãs são muito caras. Não temos condições de pagar.
Eu incentivaria os pais a fazerem um inventário de tudo o que gastam dinheiro, e a incluírem o custo da educação nessa equação. Então, deveriam colocar a educação de seus filhos no topo dessa lista. Se educar seus filhos em uma escola particular for impossível, ninguém está dizendo que você deve fazê-lo. Mas se isso puder ser feito com uma reavaliação de suas prioridades, acredito que você deve considerar isso. Existe uma grande diferença entre “isso seria difícil” e “isso é impossível”.
Existem dois reinos diferentes — o reino da criação e o reino da redenção. As escolas seculares podem ensinar no primeiro, e a igreja e o lar ensinam as crianças no segundo.
Essa resposta representa um erro teológico. A suposição é de que há uma área do conhecimento humano e das atividades que é de alguma forma neutra. Mas a neutralidade é um mito. Mesmo que os professores da escola pública evitem atacar a fé do seu filho, há uma lição implícita em cada aula. Digamos que seja uma aula de matemática. “Não estamos dizendo se o seu Deus é real ou não. Mas estamos dizendo, por implicação, que, se Ele existir, Sua existência é irrelevante para o que estamos fazendo nesta sala de aula.” E isso é radicalmente falso.
Meu filho é especialmente talentoso e está pronto para o desafio que a escola secular oferece.
Minha resposta aqui seria incentivar os pais a não permitirem que o orgulho compreensível interfira em uma avaliação sensata do real estado espiritual de seu filho. Muitos pais erraram nesse ponto, para seu próprio pesar.
A competição esportiva é muito importante para nossa família, e as escolas cristãs em nossa região são muito fracas nessa área.
Eu não gostaria que esta resposta fosse vista como um desprezo pelos esportes. Eu acredito que eles são uma parte muito importante no processo educacional. No contexto de uma escola cristã sólida, as lições aprendidas enquanto se persegue uma bola podem ser um complemento crucial para o que a escola está ensinando. Mas se perseguir uma bola for preferido em detrimento de uma educação real, então acredito que houve um deslize idólatra.
Você acha que é aceitável que uma criança tenha um professor de violino descrente. Por que isso seria diferente?
A diferença é entre uma hora por semana, com os pais acompanhando a criança, e sete horas por dia, cinco dias por semana, sem os pais presentes. É a diferença entre brincar na beira do mar com um balde de areia e nadar um quilômetro mar adentro, lutando contra tubarões.
Um dos meus filhos é academicamente talentoso e o outro é autista, com necessidades especiais. Nenhuma escola cristã em nossa região tem condições de lidar com nenhum dos dois.
Existem, de fato, situações desafiadoras como esta. Mas é importante lembrar que alunos com necessidades especiais são mais vulneráveis, não menos. Um ambiente cristão é mais importante para eles, não menos. E uma criança talentosa é suscetível ao tipo de lisonja que o mundo adora fazer. Ao mesmo tempo, o dilema aqui é real. Mas eu diria que a necessidade é tão grande que os pais deveriam considerar mudar-se para uma área onde haja programas cristãos que possam atender crianças em tais circunstâncias especiais.
Meus filhos acham que os alunos da escola cristã local são “nerds”.
Isso é, na verdade, um indicativo de que os padrões mundanos de avaliação já estão ganhando terreno no pensamento dos seus filhos. Melhor resolver isso logo.
Meus filhos são minha responsabilidade. Não aprecio sua interferência legalista.
Em nossa igreja, sempre que uma criança é batizada, toda a congregação faz um voto de que ajudará esses pais na criação cristã do filho. Portanto, é correto que os pais tenham a responsabilidade principal. Mas há um limite em que outros crentes podem dizer algo sem que isso seja legalismo.
Se o que você está dizendo é verdade, por que você acha que é lícito que cristãos ensinem nas escolas secular?
Um adulto ensinando em uma escola secular pode ter uma cosmovisão cristã totalmente formada, e ele pode ver e reconhecer o que está acontecendo ao seu redor. Ele é capaz de se defender. Mas nove em cada dez vezes, os alunos, especialmente os mais novos, não fazem ideia do que está sendo feito com eles. Eles são vulneráveis de uma maneira que o professor cristão não precisa ser.
Douglas Wilson1